Uma das certezas que o início de 2018 apresenta a todos os brasileiros é a de que a campanha eleitoral já começou.
Bolsonaro tem despontado como o segundo colocado nas pesquisas eleitorais. Ele ocupa o lugar do “anti-Lula”, buscando aproveitar-se dos resquícios do “anti-petismo”. Com um poderoso discurso de valorização da lei e da ordem, sabe utilizar os sentimentos dos eleitores, especialmente humor e emoção, em vídeos e postagens nas redes sociais.
Os sentimentos são um elemento importante na busca de voto. Em 2016, por exemplo, Donald Trump revelou como a arte da retórica inflamada, cheia de pós-verdade, é capaz de superar a racionalidade de qualquer argumento em contrário. Contra todos os prognósticos, foi eleito presidente dos EUA.
Para lograr êxito em sua missão Jair Messias precisará vencer alguns desafios. Segundo dados do IBGE/PNAD apenas 68% dos brasileiros tem acesso a internet. Qualquer campanha presidencial necessitará de uma correlação de estratégias de rua e digitais bem articuladas para atingir o objetivo. Para isso, o tempo de televisão é fundamental. Mesmo sabendo que o grau de envolvimento com o horário político eleitoral gratuito no rádio/TV tem diminuído eleição após eleição, nenhuma candidatura pode menosprezar a força da comunicação de massa. Outro elemento fundamental é a estrutura partidária. Dentro de um país continental, é imperativo ter palanques majoritários nos estados, para capilarizar o discurso do candidato a presidente na região.
O caminho para alavancar as candidaturas não alinhadas com o antigo establishment será o das redes sociais. Para as candidaturas proporcionais, esse é o caminho fundamental, mas para as candidaturas majoritárias, isso não basta.