De teta em teta...
O governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), assumirá a administração tendo a prerrogativa de nomear 17.892 quadros de livre escolha. Este é o número de postos comissionados contabilizado pelo Estado, em agosto deste ano, conforme informou a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag).
… Vai mantendo a carrapeta
Dos mais de 17 mil cargos, 15.682 estão ocupados, sendo que 72,13% deste total são providos por servidores efetivos que ganharam promoção. Outros 2.210 encontram-se vagos. Estão entre os comissionados assessores, técnicos e até diretores de escolas.
Se por um lado Pimentel terá um grande volume de cargos a preencher, por outro, deve ser enorme o número de desempregados. Na Cidade Administrativa, os comissionados começam a juntar os pertences, apesar de guardar certa expectativa quanto ao futuro.
No nordeste mineiro
Em Teófilo Otoni muita gente (e não precisamos dizer os nomes), está apenas cumprindo a rotina nos órgãos ao qual chefiam e/ou ocupam cargos altos. Nas estatais Copasa, Cemig, e outros órgãos como Idene, Samu, subsecretarias e superintendências o clima é desolação pela inesperada saída do bem avaliado governo tucano.
Vida que segue
Ex-prefeitos e aliados de peso do governo peessedebista, então lotados em cargos indicados pela cúpula estadual do partido em sedes institucionais do Estado instaladas em T. Otoni e região, começam a articular, mesmo que timidamente e ainda sem horizonte pleno e composto, como se posicionarão na oposição a partir de 2015 para frente.
Democraticamente exemplar
O jogador Marcelo Moreno deu um show de civilidade – o chamado fair play no futebol – ao reconhecer para o árbitro que uma bola supostamente recuada pelo jogador adversário tocou na perna dele, revertendo o lance perigoso em favor do Botafogo, durante jogo neste domingo (02) entre o Cruzeiro e o time carioca.
Golpismo à popularesca
Pois é, está faltando isto na política nacional. Dois movimentos, um contra a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT), e outro de menor expressão em desfavor do governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), realizados na capital paulista na véspera do Dia de Finados (piada pronta?), contestando o resultado das votações e/ou pedindo o afastamento do cargo ou o impeachment dos representantes eleitos, socou o estômago da sólida democracia brasileira. A pergunta é, a democracia é um lugar onde se pode pedir de tudo, inclusive o fim dela?
Os cães soturnos à espreita
Pois bem, vários foram os cartazes solicitando intervenção militar em Brasília. Seria a volta da Ditadura? Aliás, foi assim (passeatas públicas) que foi dado o pontapé inicial – com o apoio dos EUA durante a cega Guerra Fria que dividiu o mundo entre capitalistas e comunas – para a instalação dos anos de chumbo no Brasil após a vitória nas urnas do esquerdista Jango. Incomensurável. Hoje os tempos são outros. Nessa crítica, pela primeira vez no ano, autoridades tucanas e petistas se uniram para criticar o ato de dois mil inconseqüentes em plena avenida paulista.
Aqui o ‘bicho pega’ I
Minas Gerais é o segundo Estado da Federação que mais condenou corruptos neste ano – 47% dos réus, de acordo com dados fornecidos nesta sexta-feira (31) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ou seja, dos 3.291 processos julgados até julho deste ano, foram efetuadas 1.540 condenações. O Estado só ficou atrás do Distrito Federal, que obteve 52% das condenações. No entanto, o volume de processos julgados na capital federal foi menor do que o de Minas, com 807 julgamentos e 421 condenações.
Aqui o ‘bicho pega’ II
Os Vales do Mucuri, Jequitinhonha e São Mateus são exemplos vivos desta vivacidade da justiça mineira contra atos de corrupção no setor público. Foram vários os prefeitos que perderam seus cargos por atos de improbidade, ou renunciaram quando viram que o ‘bicho iria pegar’.