Dança das cadeiras I
Um remanejamento no primeiro escalão do governo teófilo-otonense pegou a todos de surpresa no final da manhã desta segunda-feira (06). Três secretários foram exonerados, Marcelo Godinho (Desenvolvimento Econômico e Coordenação de Gestão), Clélio Gosling, o ‘Pelé’ (Integração Regional, Trabalho e Emprego), e Semir (Obras).
Dança das cadeiras II
Das secretarias com seus mandatários exonerados apenas uma já tem novo chefe. O engenheiro Elber Antunes (foto) é o novo secretário municipal de Obras. Ele desempenhou a mesma função no governo da ex-prefeita Maria José (PT). Já Semir permaneceu na Secretaria de Serviços Urbanos, pelo qual respondia interinamente deste o pedido de exoneração do então secretário José Milton (‘Alemão’).
Dança das cadeiras III
Articuladores políticos do executivo comentaram sobre o modo como Pelé foi afastado do governo. Ele teria sido informado da exoneração por terceiros, pessoa que chegou a sua sala, na manhã de ontem, lhe mostrando o decreto. Clélio é presidente municipal do PSDB, partido do vice-prefeito Dr. Ilter (PSDB), que também não teria sido consultado da decisão.
Dança das cadeiras IV
Segundo as fontes com o qual o colunista dialogou sobre o assunto, Gosling atuou junto à atual composição política durante a campanha eleitoral de 2012, e de lá para cá idem. E, num cenário onde o pleito de 2016 se aproxima, e sendo o 45 uma legenda ímpar de coalizão, como ficará o futuro? Vale relembrar, como já noticiado nesta coluna, que Pelé vem se reunindo sistematicamente com presidentes de partidos políticos da cidade visando um conjunto forte para o ano que vem.
Dança das cadeiras V
Em relação à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, noticiamos no final de semana que o presidente da Associação Comercial (ACE), Ricardo da Emex, era cotado para a pasta. Agora, com o caminho aberto na secretaria, poderemos ver este cenário ser desenhado. Com Da Emex no governo, o prefeito Getúlio Neiva praticamente quebra todas as pontiagudas pedras que poderiam lhe atrapalhar o percalço em 2016.
Reeleito
Oito meses após ser derrotado na corrida pelo Palácio do Planalto, o senador Aécio Neves (MG) foi reeleito neste domingo (5) com 99,34% dos votos dos convencionais para mais um novo mandato no comando do principal partido de oposição do país. Candidato único na eleição interna, o parlamentar tucano foi aclamado pelos colegas de sigla durante convenção nacional realizada em um hotel de Brasília. Ele fica no posto por mais dois anos.
Pensando diferente
A convenção do PSDB evidenciou que, embora Aécio, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) e o senador José Serra (PSDB) concordem na avaliação (negativa) do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra divergem sobre o caminho que o partido deve seguir.
Pensamento I
O senador mineiro e seu grupo defendem que a melhor alternativa seria a cassação da presidente e de seu vice, Michel Temer (PMDB), pela Justiça Eleitoral, a partir da análise que será feita no segundo semestre sobre a recusa do TCU em relação às contas da presidente.
Pensamento II
Já Alckmin e Serra preferem a saída em que o peemedebista assuma o Planalto. Nesse caso, o principal problema seria o PSDB comprar briga com o PMDB com o fato da cassação da chapa envolver também o nome de Temer, pessoa forte e bem quista entre os peemedebistas. Sem contar que os integrantes do 15 ficariam com um pé atrás em relação aos tucanos numa eventual coalizão.
Pensamento III
Alckmin adotou um tom duro em seu discurso durante a convenção, no entanto, o governador considera, segundo aliados, que a hipótese de cassação da presidente pelo TSE cheira a golpismo. Na realidade, Geraldo é considerado o mais sóbrio dentre os três principais líderes tucanos. Mas, ele não quer abrir espaço para Aécio, sendo que ele tenderá a ser o candidato natural a presidente pelo partido em 2018.
Pensamento IV
Já Serra, pasmem, chega a defender o parlamentarismo. Sistema no qual o chefe da nação é o primeiro ministro, escolhido em votação promovida entre os representantes do Congresso Nacional.
Porém, ah, porém…
A questão, porém, passa mais ao largo. Primeiro, ainda é especulação a ideia de a presidente deixar o poder (alguns ‘aliados’ ligados a Temer chegam a falar renúncia, o que é mais difícil, visto a base forte do PT em número de deputados, senadores, prefeitos, governadores, e a própria fidelidade do vice com a chefe da república). E, pelo lado do PSDB, parte do partido chama de golpe a ideia de tirar a presidente democraticamente eleita.
Ser ou não ser
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), por exemplo, disse em várias entrevista que Dilma tem de completar o mandato, doa a quem doer (e para quem doer). Até lá a estratégia da oposição, desertores e grupos insatisfeito seria o de contribuir no esgotamento da imagem do 13 e de seus líderes mais notórios e potenciais candidatos a presidente, como Lula, Pimentel e Jaques Wagner.
A voz da razão
Porém, refletir de maneia mais sólida em relação à uma nova disputa pelo poder central, numa possível disputa ou coalizão entre o 15 e o 45, vale uma frase bem resumida dita pelo prefeito Getúlio Neiva (PMDB) a este colunista. “O problema do PMDB é o mesmo do PT e do PSDB. O partido é guloso”.
O problema é mesmo ela
Um amigo deste colunista, mecânico, quando consertava o carro numa oficina, foi extremamente didático em analisar a situação de Dilma Rousseff e o banho que vem levando do legislativo. “Está faltando pulso. Ela deixa tudo acontecer, fica dizendo que são coisas de um ‘regime democrático’. Se ela não tiver pulso, ou for articuladora como o Lula, por exemplo, será engolida nesse mundo (o político) cercado de raposas. E ainda por cima vai sair presa pela polícia que comanda e linchada pela mídia que ajudou a ficar ainda mais rica, principalmente com propagandas da Petrobrás”, finalizou.