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Restaurante Irmã Zoé

PAINEL 21-01-2016

O bom filho a casa retorna

O Sargento Ernani, que há pouco deixou a coordenação municipal da Defesa Civil, voltou à função após as chuvas começarem a cair em Teófilo Otoni. E com avidez, ele já está chefiando as equipes em busca atenuar os obséquios nos pontos críticos. Conhecedor de todas as áreas vulnerabilizadas da cidade, o sargento reformado do Corpo de Bombeiros do município é o nome certo para o lugar exato. Não à toa recebeu uma medalha do Estado o reconhecendo como um dos três melhores coordenadores da Defesa Civil em Minas Gerais.

 

A bola da vez

A grande bola da vez é o Hospital Santa Rosália. O disse que disse, em relação à dívida e sobre quem é o responsável pelo buraco no orçamento do HSR (que gerou a milionária dívida, incluindo sete meses de salários atrasados da classe médica), não apresentou culpados. É cedo para saber se o silêncio é uma estratégia do Estado, ou se a equipe técnica da SES ainda não fechou o levantamento [in loco] feito na cidade nesta terça (19) e quarta-feira (20).

 

Qual tamanho do rombo?

Até mesmo a dívida real do Hospital Santa Rosália vem sendo questionada. Enquanto matéria do Jornal O Dia falava em R$ 35 milhões em dividendos ainda no ano de 2014, estipula-se atualmente um déficit na casa dos R$ 24 milhões.

 

Bem dissemos

Em nota de painel da edição de ontem (19), estipulamos que sobraria para o Estado cobrir o rombo. Pois bem, o executivo estadual garantiu R$ 6 milhões em repasses para o Santa Rosália iniciar o saneamento de suas contas. O valor será dividido em seis vezes, sendo o primeiro no valor de R$ 1.200,00 mi. O recurso será depositado na conta do Município, que por sua vez deverá fazer o repasse ao HSR.

 

Muro de arrimo

Um fala importante em relação ao embate entre PMTO e HSR, sobre os repasses mensais do governo ao hospital – via Prefeitura – foi bem sintetizado nas palavras do deputado federal Fábio Ramalho, que intermediou o encontro: “… é preciso trabalhar firme, redobrar os esforços para que o hospital tenha suas dívidas sanadas e os recursos possam chegar, sem nenhum empecilho”. Trocando em miúdos, o parlamentar falou da necessidade, tanto do hospital quanto do Estado e o Município, em entrar em sintonia, para que as verbas liberadas cheguem ao seu destino, e, se por acaso, não forem liberadas, identificar onde aconteceu a falha.

 

Moral pouca é bobagem

É público e notório que o deputado Fábio Ramalho tinha moral ímpar junto ao governo dos tucanos e aliados em Minas. Porém, a boa relação com o executivo estadual continua a toda prova. Um exemplo está no posicionamento da subsecretária estadual de Saúde, Maria do Carmo, quando indagada por um repórter da cidade, na pré coletiva de imprensa realizada ontem no HSR, sobre os problemas do hospital e a contrapartida do Estado. “Só falo depois que Fabinho falar”, pontuou a integrante da SES.

 

Vai vendo

Fábio Ramalho há pouco rompeu com o executivo municipal. O movimento atual avalizado por ele no Hospital Santa Rosália é tido como temporão, ou seja, acontece apenas quando problemas grandes explodem na sociedade local. Mas, pode ser uma demonstração de que para seu nome estar vinculado a causas locais não é necessário uma parceria profunda com a Administração. Bom, pelo menos é o que se comenta nos bastidores.

 

Migalhas

Vale lembrar que um dos principais problemas em curto prazo, evidenciado pela crise financeira no Santa Rosália, deve-se ao ultimato dado pela classe médica. Se os salários da categoria, atrasados há sete meses, não forem pagos até amanhã (22), haveria demissão em massa entre os médicos. O montante dessa dívida de longe supera os R$ 6 mi propostos pelo Estado (que virão parcelados ainda por cima). Sendo assim, a greve médica ainda não está supurada, vivendo ainda seu momento de intempérie. O desfecho em relação ao problema deve sair de hoje para amanhã, após reuniões do corpo clínico do hospital com representantes da categoria (iniciadas na noite de ontem). Fiquemos de olho.

 

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