Disputa interna
A briga pela presidência da Câmara Municipal está fervendo. E não estamos falando da disputa direta pela eleição (a votação), mas sim pelo escolhido da atual situação. Como o presidente Northon Neiva (PMDB) ainda insiste em não se lançar candidato, fica a briga por quem poderá sucedê-lo, com seu apoio. Neste caso, Northon sairia de vice numa eventual chapa. Mas ainda há os que desejam sua permanência como chefe da casa devido o bom desempenho e relação mantida com os colegas de trabalho, com setores chaves da sociedade local e o futuro governo.
Suserania
É fato que, Northon Neiva matem vários vereadores cativos em torno de sua manutenção na chefia do parlamento teófilo-otonense. Inclusive, a maioria das cadeiras, mesmo da próxima legislatura, não teriam dificuldade em fechar com ele. Sua força é tão notória, que o mesmo é diuturnamente procurado pelos interessados em ocupar a sua vaga nos próximos dois anos.
O escolhido
Cotado, o vereador Dedeu Baterias (PSD) vem tendo seu espaço suprimido por Felipe Barbosa (PTB). Os dois comungam da anuência de Northon, porém, o PTB tem três vereadores eleitos (Felipe, Taquim da Sucam e Paulinho de Dona Naná), ao passo que o PSD possui dois (Dedeu e Filipe Costa). O fator contingência estaria pesando a favor do petebista, que conta ainda com apoio de outros setores da Câmara Municipal.
Pelas beiradas
Nesta quarta-feira (23), o vereador eleito Cajaíba (PPS) se reuniu com alguns vereadores, a procura de apoio a uma possível candidatura à presidência da casa. Com o discurso de renovação e por novos nomes, ele vai cunhando o seu caminho. Muitos consideram difícil ele sair vitorioso. Em contrapartida, nos bastidores, Cajaíba conta com a simpatia de muitos. Então, o que realmente falta?
Se situando
Já o prefeito eleito, Daniel Sucupira (PT), se mostra mais comedido (publicamente falando) em relação à sucessão do legislativo municipal, apesar de informações darem conta de sua pretensão em emplacar o vereador Assis (PRP). Nos bastidores, petebistas tentaram uma parceira com o petista. Mas, sem avanços, a legenda do 14 vai se declinando para Northon, visto que Felipe Barbosa, irmão do presidente municipal da sigla, o secretário de Saúde Fernando Barbosa, é próximo ao PMDB. Em contrapartida, um dos parlamentares eleitos do PTB, Taquim da Sucam, tenta afunilar relação da agremiação com Sucupira.
Fim das proporcionais
O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (23), em segundo turno, por 63 votos a 9, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê mudanças no atual sistema político do país. O texto prevê a criação de cláusulas de desempenho eleitoral para que os partidos políticos tenham acesso ao fundo partidário e ao tempo gratuito de televisão. A PEC também acaba com coligações para eleições proporcionais (deputados e vereadores) para depois de 2020.
Entre vencedores e feridos
Integrantes de partidos nanicos reclamaram da aprovação, visto que as legendas que não atingirem os requisitos mínimos de desempenho eleitoral (2% dos votos válidos para deputado federal em todo o país, inicialmente, subindo para 3% a partir de 2022, com exceção de 14 estados) também serão obrigados a ter uma estrutura menor na Câmara, sem direito, por exemplo, a cargos de liderança e a parlamentares em comissões permanentes, além de cargos na Mesa Diretora. Tempos de propaganda é outro ponto que será afetado negativamente para os nanicos.
Dois lados
Há quem veja negatividade neste projeto. Entende-se que ele dificultaria uma maior representatividade realmente democrática, devido uma possível diminuição e enfraquecimento da pluralidade partidária, reforçando os partidos já fortes e tradicionais. Outros acreditam que esta ação possibilitará o fim da farra dos pequenos partidos, que se aliam aos grandes por cargos e participação nos governos Brasil adentro.
