Foi-se
O empresário Giovani Cota Fonseca pediu desligamento do cargo de secretário municipal de Administração. Em carta aberta, ele disse que após longas reflexões junto à família, decidiu por deixar o primeiro escalão do executivo. Cota falou ainda que a crise financeira e seus desafios lançou para ele oportunidades na vida empresarial (sic). De acordo com Cota, ficou sua dedicação ao cargo e à administração pública, o bom relacionamento com o prefeito Getúlio Neiva (PMDB), mas que de agora em diante irá focar na família e em seus empreendimentos.
Solução caseira
No lugar de Giovani Cota assume interinamente a Secretaria Municipal de Administração o funcionário de carreira do departamento, Luiz Alberto Cunha Melo. É a segunda solução caseira para uma secretaria da Prefeitura no atual governo. O primeiro e bem sucedido foi o da também servidora de carreira Conceição, que assumiu a Secretaria de Fazenda após o mandatário deixar o cargo.
Do meio I
A então diretora da Divisão de Cultura, Rose Medeiros, assumiu a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. Ex-presidente da CDL por dois mandatos e empresária, Rose conhece de perto a classe empresarial, seus percalços e objetivos. A posse aconteceu na tarde de ontem (26), no gabinete do prefeito.
Do meio II
Claro, que uma coisa é ser do meio, outra é saber fazer e onde buscar pelo meio nos parâmetros da administração pública, porém, Getúlio Neiva confia na estirpe da nova secretária. Além do que, Rose Medeiros conta com o ex-secretário da pasta durante o governo anterior, o seu esposo e também empresário Sérgio Abdulah.
Conforme previsto
Dissemos em frisadas e ‘refrisadas’ notas de painel nas semanas que antecederam o fim de 2015 sobre a dança das cadeiras no primeiro escalão da PMTO. Dito e feito. Neste ano político, 2016, Getúlio vem montando um grupo acima de tudo apolítico (pelo menos nas duas primeiras secretarias no qual trocou os seus responsáveis).
Aposta alta
Querer apolíticos nos seus quadros (Rose e Fred Magalhães – secretário de Cultura) é uma estratégia, uma aposta de Getúlio, previamente arquitetada por ele e seus principais conselheiros. Ambos (Medeiros e o irmão de Léo Magalhães) são do meio ao qual ocupam suas respectivas funções, e, acima de tudo, angariam apoios ímpares de importantes setores da população. São dois nomes que não trazem ramificações, grupos ou partidos políticos, mas setores importantes da sociedade, bem como, moradores displicentemente não políticos/politizados.
Dança das cadeiras 2016
E, obviamente, há outras preciosas ‘trocas’ para serem feitas. Desde meados do ano passado, já corria forte e em bom som – via rádio peão dos bastidores políticos da PMTO – sobre um programa de exoneração voluntario no secretariado. À época, até uma nota em conjunto foi transmitida com nomes deixando seus cargos em aberto para o prefeito poder melhor mexer sem cutucar a ferida de ninguém (diga-se, algum partido ou grupo aliado). Pois bem, a ideia continua a toda prova, e com novos desligamentos previstos ainda neste início de ano. Tudo pelo bom andamento da coisa pública e do pleito que se aproxima. Quem será a próxima vítima agora?
