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Restaurante Irmã Zoé

PAINEL 29-01-2016

À margem

Muitos partidos políticos se mostram ainda ‘sem dono’ em Teófilo Otoni, ou inconscientes no imaginário dos que gostam da política e/ou pretendem disputar ou apoiar cargos/grupos partidários nestas eleições. Estamos falando daqueles partidos que ou estão esquecidos, ou ainda não deram as ‘caras’.

 

Por onde anda você?

Entre estes, por exemplo, podemos citar o PV. Alguém sabe o que aconteceu com o grupo do Partido Verde em Teófilo Otoni, agora que o deputado federal Fabinho Ramalho (então mandatário local da legenda) migrou para o Partido da Mulher Brasileira (PMB)? O PV teve dois candidatos a vereador nas últimas eleições, sendo Sinval do Mercado a principal estrela com seus cerca de 500 votos. Atualmente, o partido presenciou calado – e não por menos – o afastamento de seus principais expoentes da vida política, como o ex-vereador Guilherme Mabel, e o comunicador Lula Guedes, por exemplo. Apesar de estar na sombra, o PV é uma boa legenda, tem representatividade – apesar de parecer fora do jogo, na cidade. Mas, até quando?

 

Patinhos feios?

Outros dois partidos que podemos citar, que não possuem representação firmada na cidade (mas tem tudo para ter), nem sequer são comentados: o próprio PMB de Ramalho e o REDE, da ex-presidenciável Marina Silva. Este último conta com certa movimentação nos bastidores da cidade, mesmo assim de maneira pacata. Filiados da Rede que entraram na onda do partido quando o mesmo explodiu no cenário nacional se sentem órfãos no município, e tendem a mudar de agremiação.

 

Vêm mais coisas por ai

Há também os partidos da esquerda, como o Psol e o PSTU. O primeiro já está bem assentado, enquanto o segundo respira uma forma de entrar na cidade polo do nordeste mineiro. Ambos costumam lançar candidatos majoritários, mas podem estudar uma aliança. É uma dupla de barulho, mas com capilaridade eleitoral difícil de ser assimilada pela população, principalmente devido o discurso econômico/social ancorado no político-acadêmico.

 

O espaço de uma fresta

Claro, há outros partidos. Porém, o objetivo aqui é demonstrar que apesar da cooptação da maioria das siglas instituídas em Teófilo Otoni, das nanicas às que possuem diretórios instalados, ainda há muitos flancos para serem abertos.

 

Desgarrou-se

Segundo informações de bastidores, o vereador Thalles Contão (PT) já teria consultado seu guru na política, a ex-prefeita Maria José (PT), sobre uma possível filiação no PMDB. Informações da conversa entre os [até então] petistas de carteirinha não vazaram, ainda, mas, assessores próximos ao prefeito Getúlio Neiva (PMDB) já dão como certa, pouco em breve, o embarque de Contão na caravana do 15.

 

O que a conjuntura pede

Mas, o caminho Para Contão não é tão fácil como o rabiscar de uma caneta, visto as alianças políticas no cenário macro, como a celebrada com o deputado federal Reginaldo Lopes (PT). Claro, que uma coisa não tem nada a ver com a outra, Thalles pode migrar de partido e continuar atuando pelo seu deputado. Mesmo assim, a mudança partidária deverá também contar com a bênção dele.

 

A culpa é das estrelas

Dificuldades em se candidatar pela estrela vermelha devido o desgaste nacional vivenciado pelo 13, mais a boa relação construída com Getúlio e parte do seu núcleo duro teriam motivado Thalles a deixar a legenda pelo qual se lançou na política, para respirar novos ares.

 

De tudo um pouco

Se por um lado a notícia de que Thalles Contão, o então menino de ouro do PT local, poderá compor os quadros do PMDB pendulando ao fortalecimento de um lado e o enfraquecimento de outro, politicamente falando, há outras movimentações esperadas (ou não) nos bastidores que podem dar mais dor de cabeça ao principal grupo da oposição política no município: os passos a seguir do deputado federal Ademir Camilo (PROS).

 

Um pouco de tudo

Magoado com o PT a nível estadual e federal, depois de uma ampla e forte aliança nas duas instâncias, Ademir já estaria se aproximando do prefeito Getúlio via irmãos Felipe Barbosa (vereador) e Fernando Barbosa (secretário de Saúde). A dupla petebista apoiou Getúlio e Camilo nas últimas eleições, e estão jogando duro para fazer um meio de campo pró-Neiva. Se assim for, para onde andará um dos principais pilares do grupo da oposição, o encabeçado por Fátima Dantas e Antônio Valter (mais os partidos PSC, PMN e PRP), tão ligados e avalizados pelo federal? Estamos de olho.

 

Bem me quer, mal me quer

A mágoa do deputado é tanta com o PT, que ele chega a lembrar o velho Ademir de anos atrás quando, nestes dias, bradou aos presentes numa de suas fazendas na região, “onde o PT estiver eu estarei contra”. Nem parece que o namoro acabou tão recentemente. Nesta história de amor e ódio sobrou até para o vereador Daniel Sucupira (PT). Ao procurar Ademir, por uma composição nas eleições deste ano, Daniel viu as costas do deputado (a exemplo de um movimento inverso em passado nem tão longínquo, quando Ademir procurou Sucupira para um desenlace, e teve as costas como resposta). Ainda na mesa de sua fazenda, o presidente estadual do PROS foi enfático: “vocês ainda vão-me ver votar pelo impeachment da Dilma”.

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