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Para ficar mais perto dos filhos, pai abre mão de emprego em empresa privada para empreender no Jequitinhonha

Flexibilidade de horário e autonomia permitem ao empresário acompanhar de perto a rotina das crianças

 

DA REDAÇÃO – A vontade de acompanhar de perto o crescimento dos filhos foi o gatilho que Graziel Fernandes precisava para montar o próprio negócio. O empreendedor abriu mão de um cargo em uma empresa no ramo de energia, onde atuou como administrador por mais de dez anos, para se dedicar ao desafio de implantar um centro automotivo inovador no Vale do Jequitinhonha.

“Resolvi estudar o mercado de autopeças e oficina mecânica. Foram mais de três anos de estudos e planejamento, mas, mesmo assim, as dúvidas e a insegurança permaneciam, principalmente porque meu foco era voltar para minhas raízes e ser referência na minha região. O Vale do Jequitinhonha tem uma logística difícil, mão de obra escassa e desqualificada, mas o desafio falava mais alto”, conta.

O sonho de Graziel começou a se tornar realidade após ter sido indicado para fazer um curso no Sebrae. “O cenário de crise e instabilidade política em 2017, me fez pensar em adiar o meu sonho, manter meu emprego e minha segurança. Foi aí que um amigo empresário me orientou a procurar o Sebrae da minha cidade. Foram horas de conversa com o analista que gostou das minhas ideias e sugeriu o Empretec. Depois de passar por uma entrevista com uma psicóloga, partimos para a semana que mudaria todo o meu conceito de ser empresário”, afirma.

Ele construiu um espaço específico para os mais variados tipos de serviços, sem abrir mão da qualidade, e investiu em profissionais especializados em diversas áreas, com o objetivo de ser referência na comercialização de peças e nas prestação de serviços na região. Com o negócio prosperando em tão pouco tempo, o empresário acredita que a decisão tomada por conta da família em busca de mais qualidade de vida foi a melhor que poderia ter feito.

“Sou pai de dois filhos na espera do terceiro. Gabriel Fernandes Pereira, de13 anos, Aline Fernandes Pereira, de 9, e Ester Fernandes Pereira que está na barriga da mãe. Depois de passar anos longe da minha terra natal, vejo que valeu a pena arriscar, uma vez que o negócio também gerou emprego e renda na região, temos, por exemplo, nove funcionários. Eu me descubro como pai todos os dias, sempre aprendo algo novo com eles e não poderia abrir mão de vê-los crescendo. Minha filha, por exemplo, nesse exato momento está aqui comigo no trabalho, meu filho também gosta bastante da área e já pensa em estudar Engenharia Mecânica. Esse é o maior legado que um pai poderia deixar para os seus filhos”, conta orgulhoso.

Segundo o analista do Sebrae Minas Humberto Rodrigues Pereira, atualmente, os homens também buscam flexibilidade nos negócios para serem mais participativos na vida e na criação dos seu filhos. “Geralmente, as pessoas empreendem para realizar sonhos e ver os filhos crescerem, porque querem proporcionar uma vida digna a eles. Seguramente, são os sonhos que permeiam a motivação dos empreendedores e, com a consciência de aperfeiçoar suas competências, as chances do negócio dar certo aumentam”, afirma.

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