Em um análise do momento atual do cenário pré-eleitoral, o psolista afirmou que contra a indústria de fake news e a força do poder econômico, que coopta lideranças e instituições, o melhor caminho é a troca de ideias: “quantos mais houver, melhor”
TEÓFILO OTONI – O pré-candidato a deputado estadual pelo Psol, Roberto Marcos, voltou a falar com a reportagem do Diário sobre as eleições 2018. Ao tempo em que protestou contra as pesquisas, segundo ele, fajutas, mentirosas e manipulatórias que são veiculadas na cidade, retomou a ideia de propor que debates entre os candidatos sejam realizados. “Quantos mais debates houver, tanto melhor será”. Para o pré-candidato psolista, é preciso que os setores organizados da sociedade criem um ambiente propício para que a população debata com os candidatos e, assim, conheça as diferenças que existem entre a história e as propostas de cada um. “Há muito a ser sabido e conhecido de todos os candidatos quando a hora chegar. Por isso, penso ser indispensável a realização de enfrentamentos entre nós”, reiterou o entrevistado.
Para Roberto Marcos, sindicatos, câmaras, associações, cooperativas e escolas de todos os níveis – “além da imprensa, claro” – deveriam ocupar-se em promover debates entre os pretendentes à Assembleia e à Câmara. Esses debates seriam não menos do que uma rara oportunidade para se colocar luz no processo eleitoral num momento em que a sociedade rejeita tanto a classe política. Afinal, disse ele, “o povo quer saber qual foi o comportamento dos pré-candidatos em relação ao governo municipal anterior, por exemplo, em relação a lutas sociais havidas na cidade e de que lado os pré-candidatos estiveram em eleições passadas. Esse conjunto de informações diz quem somos os pretendentes ao cargo de deputado.
Negociatas
Roberto Marcos também voltou a denunciar “a banca de negócios” em que se transformaram as eleições 2018, que, mal começaram, e “já colocam à mesma mesa pré-candidatos bamburrados e cabos eleitorais vendilhões”. Ele reafirmou que o eleitor precisa estar alerta, vez que vereadores, pastores evangélicos, gente de sindicato, ex-vereadores, ex-prefeitos, além de alguns prefeitos da região, “salvo as exceções, estão rodando a bolsinha em busca de um candidato que pague mais”. E voltou a afirmar com a acidez que bem o caracteriza: “É, de fato, uma agenda entre prostituidores e prostituídos. E quem paga a conta, ao final das eleições, é sempre a população que fica sem uma representação comprometida com a luta dos trabalhadores”.