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Paralisação do Hospital Santa Rosália completa cinco dias

apreensao-1TEÓFILO OTONI – A paralisação do Corpo Clínico do Hospital Santa Rosália completou cinco dias hoje, quarta-feira (7). De acordo com os representantes da categoria, foram realizadas inúmeras tentativas de resolução do problema junto a representantes do Estado (que estão na cidade realizando negociações com dirigentes do hospital), órgãos públicos (Ministério Público e Conselho Regional de Medicina), no entanto a diretoria do HSR não teria apresentado uma solução concreta diante da crise do hospital. Diante da ausência de perspectivas reais para a equação do problema, foram realizadas assembléias do Corpo Clinico com a participação de representantes da diretoria e provedoria da unidade hospitlar, onde foi definido por meio de votação o encerramento programado das atividades médicas assistenciais externas, ou seja, a paralisação por tempo indeterminado por parte dos médicos.

De acordo com o médico Cesar Khoury, membro do Conselho Regional de Medicina, a manifestação segue por tempo indeterminado. “O movimento é legitimo, justo, um movimento de classe. Houve uma assembléia anteriormente à paralisação com a presença de mais de 70 médicos e uma votação expressiva, onde quase que o total dos médicos concordaram com a paralisação. Sou teófilo-otonense e estou sentindo na alma essa situação que está ocorrendo. Isso nos traz uma angústia muito grande”, afirmou.

 

Imbróglio

De acordo com os médicos, ao longo dos dois últimos anos a crise no HSR foi intensificada, alcançando seu ápice em dezembro de 2015. Em janeiro do ano seguinte os médicos decidiram deflagrar a greve [07 de janeiro] encerrada duas semanas depois já no dia 21 de janeiro. Na oportunidade, os profissionais do hospital decidiram encerrar a greve da categoria, após um encontro realizado na sede do Ministério Público, que contou com a presença de representantes do corpo clínico do HSR, promotoria e Prefeitura. Após oito horas de negociação, Município, junta médica e promotoria colocaram fim à greve dos médicos do hospital. Naquela ocasião, eles aceitaram a proposta de receber o pagamento atrasado em cinco parcelas. Já o Governo do Estado iria oferecer um aporte de R$ 6 milhões enquanto a Prefeitura de outros R$ 3,5 milhões. Passados oito meses, pouco mudou. Durante todo este hiato o Corpo Clínico (médicos) tentou contornar a situação, no entanto, o Governo do Estado não fez sua parte no que diz respeito a manutenção dos recursos ora acordados, e por sua vez, a unidade hospitalar chegou a uma situação crítica, com a falta de materiais essenciais para adequada prática médica, incluindo, medicamentos e aparelhos, culminando com o atraso do pagamento dos honorários médicos, bem como, dos funcionários. Tal situação gerou um desconforto entre Hospital Santa Rosália e Corpo Clínico, que culminou com a paralisação dos médicos do HSR.

 

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