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Pelo respeito aos alunos e trabalhadores em Educação Sind-UTE/MG é contra a política de fusão de turmas

TEÓFILO OTONI – O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) acompanhou a visita técnica da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, presidida pela deputada Beatriz Cerqueira, à Escola Estadual Santos Dumont, em Belo Horizonte. O intuito da atividade foi fazer a escuta da comunidade escolar e avaliar o impacto do fechamento de sete turmas no ensino médio, sendo duas salas no 1º ano, duas no 2º e três no 3º ano.

“Essa visita é um processo de fiscalização do Legislativo. O que vimos na instituição é chocante e são consequências de uma política que não dialoga com a estrutura da escola, com a necessidade dos estudantes e com as/os educadoras/es. Vamos buscar soluções com o Ministério Público do Estado”, disse a deputada Beatriz Cerqueira.

Ao longo da visita, Beatriz Cerqueira, junto ao vice-presidente da Comissão de Educação, o deputado estadual, Betão, tiveram momentos de escuta com a direção da escola, alunas/os e professores. Também visitaram as salas de aula, que estavam superlotadas e com problemas de ventilação.

Desrespeito com os/as estudantes

“A mudança aconteceu de um dia para o outro e não nos respeitou”. Essa foi a fala que a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano, escutou ao dialogar com os/as estudantes. A Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG), sob o discurso de melhorar a qualidade do ensino, anunciou o fechamento de 225 salas de aula em todo o estado. A escola realizou a mudança do dia 26 para 27/8, sem qualquer consulta à comunidade. Outro ponto também exposto foi o governo Zema desconsiderar o laço afetivo entre os/as adolescentes. A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG afirmou que a proposta educacional do governador é uma violência contra toda a comunidade escolar. “Essa situação refirma que Zema encara a educação como números, analisando a escola a partir do metro quadrado e não como ferramenta de transformação social. Isso não só precariza a educação, mas também violenta as relações estabelecidas.”

Romeu Zema: Governo que cobra das/os educadoras/es, mas não cumpre seu papel de Estado

Assédio Moral no preenchimento do Diário Eletrônico Digital (DED), interrupção do projeto pedagógico, descumprimento do investimento mínimo Constitucional na pasta, realocação de educadores e parcelamento dos salários. Esses foram alguns temas que surgiram no momento de escuta aos educadores.Cobrados pela SEE/MG, muitos/as relataram que tiveram seus nomes expostos pelo descumprimento do prazo no uso do DED, mas não receberam qualquer resposta em relação às falhas do sistema virtual. Ainda têm de lidar com salas superlotadas, desgaste vocal e realocação de aulas em outras instituições.

Sind-UTE/MG em luta pelo respeito aos trabalhadores e trabalhadoras em educação

A coordenação-geral do Sindicato se colocou a disposição para dialogar com toda a comunidade e lutar pela categoria. “O que está acontecendo aqui se estende a muitas escolas em toda Minas Gerais. Estamos na disputa e nossa perspectiva é reverter esse cenário. Querem nos impor a precarização do ensino e do trabalho, mas seguiremos incansáveis na busca pelo respeito e garantia de direitos. Quem promove a política educacional precisa conhecer as escolas e as comunidades. Resistiremos juntas e juntos”.

Após o final da visita técnica, a coordenação-geral seguiu para a Assembleia Legislativa, onde compôs a mesa de debate da audiência pública da Comissão de Educação, que debateu o fechamento de turmas no Instituto de Educação de Minas Geras (IEMG).

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