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Restaurante Irmã Zoé

Pelos Prados Verdejantes

Amanhece, lá se vai voando estrada afora, aquele valente cavalo.

Mais valente ainda é aquele que com nome de anjo, cavalga como se voasse.

Anjos existem e sabem voar, homens são anjos quando também voam em suas cavalgadas.

Respirar o horizonte, percorrer estradas sem fim, liberdade não tem preço. O som da viola paira no ar.

São assim privilegiados aqueles que entendem a bela linguagem das cavalgadas.

Miguel como qualquer anjo só vê o lado positivo da vida. O seu anoitecer já antecipa o amanhecer

e, ele com seu violão repete Renato Russo:”Mas é claro que o sol vai voltar amanhã/ Mais uma vez, eu sei”.

Esse sol sem fronteiras, esse brilho que se estende céu afora, abre as portas para se escrever nova história.

As cavalgadas são marcantes em nossa Minas Gerais, quantos preservam seus costumes como uma grande relíquia.

Crianças já nascem olhando os montes e montanhas esperando que apareçam os homens voadores em suas montarias.

Até os sons noturnos são transformados em canções nas rotas das cavalgadas. O violão parece o coração daquele que solta a voz.

A vida é feita desses retalhos que juntos fazem um belo tecido: a história de cada ser. Muitos receberam como Miguel um carimbo

que para sempre marcaram suas vidas. Emoções são tantas, que ao ritmo das patas dos cavalos, bate fundo no coração.

Miguel e seu talento, tem muito chão pela frente, descobriu bem cedo o que almeja da vida. Lá nos prados de Minas, onde passam fontes e riachos, bicas e cachoeiras, onde viver e voar é também cavalgar. Aí está o seu destino, a sua emoção que faz a beleza da vida. Ver o dia amanhecer, ver o sol se por no entardecer, ver o céu se cobrir de estrelas e o som da viola no ar.

Isso é viver para muitos seres humanos que, receberam de presente o dom de abraçar a liberdade e a grandeza da vida.

Quem toma posse da beleza que Deus nos deu, voará como pássaros nas campinas.

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