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Prefeito de Caraí participa ativamente de reunião que cobra verbas retidas do Estado aos municípios da região

Chefes dos executivos do Vale do Jequitinhonha prometem acampar em Belo Horizonte pela liberação de verbas reclamadas pelos municípios por parte do Estado

PEDRA AZUL – Heber Gomes Neiva, o popular Vavá (PSB), prefeito de Caraí e presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha (CIS-EVMJ), esteve presente no recente encontro da União dos Municípios do Vale do Jequitinhonha (UMVALE). A reunião foi realizada na última terça-feira (06), em Pedra Azul. Na pauta do encontro uma medida final dos prefeitos que compõe a associação pela liberação de dezenas de milhões de verbas constitucionais presas pelo governo estadual desde o início da atual gestão do governador Fernando Pimentel (PT).

Vavá se dispôs a participar do ato dos prefeitos em Belo Horizonte, onde os mesmos prevêem acompanhar em protesto pelo pagamento das verbas retidas pelo Estado junto aos municípios do Vale do Jequitinhonha

Segundo reclamado pelos municípios, a Cidade Administrativa deixou de repassar milhões em recursos de direito direto das cidades via ICMS, Fundeb, IPVA e Piso Mineiro da Saúde.

O governador, em entrevistas e comunicados sobre o impasse com os prefeitos da região, que se arrasta desde 2016, não nega  a dívida, porém, alega queda  na  receita pública estadual, endividamento herdado da administração tucana no estado, e falta de repasses também constitucionais e pontuais por parte da União.

 

Impasse e imobilização dos municípios

 

Na reunião, vários prefeitos vêm dizendo que ‘no jogo do empurra’, as Prefeituras tem se virado como pode para manter o funcionamento dos serviços público sem dia. Em algumas cidades, o salário do funcionalismo chega a ser atrasado, bem como dificuldades no transporte dos estudantes da zona rural tem sido constantes.

Vavá lembrou que os municípios do nordeste mineiro  apresentam o  pior IDH de Minas Gerais, sendo os que mais sofrem com  a retenção em verbas constitucionais, visto que grande parte da população e os serviços públicos idem dependem destes recursos, que em boa  parte custeiam o dia da dia da região.

Prefeito de Caraí durante entrevista a órgãos de comunicação do Vale do Jequitinhonha sobre a reivindicação de prefeitos da região contra o ‘confisco’ de milhões em verbas municipais por parte do governo de Minas

Caraí dá exemplo

O prefeito Heber, de Caraí, tem realçado a disparidade de cidades do sul de Minas, que por possuírem muitas indústrias, sofrem bem menos impacto em sua rotina com os atrasos de repasses do Estado, justamente por colherem arrecadação das indústrias e serviços particulares locais. Além de contarem com uma população de maior renda per capita. Nesse ínterim, ele destaca que vem conseguindo administrar Caraí, que possui uma vasta região rural, com distritos tão populosos quanto a sede (e uma baixa diversidade em infra-estrutura, fruto de uma política desigual em investimentos por parte dos entes estatais), como Marambainha, Ponto de Marambaia, Maranhão, com muito esmero, previsão organizacional, corte de gastos e o enxugamento da máquina pública. Outra prática abolida por Vavá é o jogo do toma lá da cá com outras instituições políticas, como a Câmara Municipal. Entre as saídas possíveis, além da austeridade fiscal, a promoção de parcerias  de sucesso com deputados estaduais e federais, para possibilitar a levada de recurso, obras, projetos e benfeitorias diversas para Caraí.

Mesmo com essa administração a dedo, o município de Caraí, que vem recebendo vários serviços, como calçamento de ruas urbanas, construções de pontes e benfeitorias na zona rural, dentre outros investimentos, passa por dificuldades. Segundo o prefeito  Vavá, se o Estado, nessa virada de novo governo, não pagar suas dívidas, o município poderá sofrer com liquidez monetária em um futuro bem próximo, prejudicando a vida do cidadão caraiense.

Em discurso no encontro da UMVALE, Vavá disse que participará do ato em Belo Horizonte, acampando junto com os demais prefeitos da região pelo pagamento, por parte do Estado, das verbas retidas desde 2016.

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