Os servidores da Saúde reivindicam o repasse financeiro do Governo do Estado para financiamento das atividades do Centro
TEÓFILO OTONI – Os servidores da Saúde do Centro Estadual de Atenção Especializada, juntamente com o Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Vales Mucuri e Jequitinhonha – Centro Viva a Vida realizaram uma manifestação na manhã desta quinta-feira, na Praça Tiradentes, área central da cidade. Aproximadamente 300 profissionais da Saúde compareceram no ato, que reivindicou o repasse financeiro do Governo do Estado para financiamento das atividades do Centro.
Com faixas, cartazes, e palavras de ordem os servidores ainda chamaram atenção para o atraso na folha de pagamento do quadro de funcionários das unidades, referente aos anos de 2015 e 2016, e correção das taxas de procedimentos médicos.
“Estamos trabalhando com o mesmo engajamento, toda a equipe de enfermagem, equipe médica e multiprofissional como um todo. Apesar dos pesares nós estamos à inteira disposição da população, sempre. Estamos aqui reivindicando esse repasse que irá propiciar a nós o pagamento dos salários atrasados, mas esse não é o intuito principal. Estamos aqui falando de uma unidade de Saúde que presta 
atendimento e múltiplas especialidades para Teófilo Otoni e mais 31 cidades. Estamos fazendo um apelo para que essa unidade não feche. Cerca de 500 mil pessoas são atendidas e essas pessoas carecem desse serviço e o Centro não pode fechar. Essa é uma busca de direito da Saúde da população. Os moradores de Teófilo Otoni e dessas 31 cidades não podem ficar sem o Centro Viva Vida”, afirmou Thiago Ribeiro, um dos representantes do movimento.
De acordo com o presidente do COSEMS Teófilo Otoni e secretário de Carlos Chagas, Ricardo Viana,o objetivo do ato não é prejudicar os usuários, o propósito é melhoria das condições de trabalho dos servidores e principalmente pela qualidade do serviço para a população.
“As autoridades do estado precisam ter um olhar diferenciados com relação a saúde da região. Os 32 municípios do Vale do Mucuri e Jequitinhonha, dependem destes serviços, e a falta de recursos tem prejudicado muitos pacientes, e não podemos cruzar os braços e esperar ”, declarou.
Após o ato, os manifestantes seguiram em caminhada pela área central da cidade, subindo a Avenida Getúlio Vargas em direção a Superintendência Regional de Saúde, onde foi entregue uma carta para a Superintendente Regional de Saúde, Márcia Ottoni, representando o Estado, com todas as solicitações do movimento.
Municípios pedem socorro
Segundo Saulo Aparecido de Oliveira, secretário de Saúde de Padre Paraíso, município que pertence à região de Teófilo Otoni e reúne 32 cidades do Vale Jequitinhonha, somente para a região deixou de ser repassado cerca de R$ 4 milhões, comprometendo o atendimento a mais de 500 mil usuários que dependem do Sistema Único de Saúde e permanecem sem garantia de financiamento.
Ele explica que os recursos em atraso desde 2015 deveriam ter sido aplicados em programas como o Hiperdia, que presta assistência a pacientes com doenças crônicas e o Viva Viva que atende a saúde da mulher.
“Há vários hospitais sem atendimento, pois os médicos paralisaram suas atividades devido à falta de pagamento de salário e sem os repasses, a situação ficará ainda mais grave daqui para frente”, finalizou.
