campanha
Restaurante Irmã Zoé

PT e PSDB de novo?

A situação da sucessão presidencial começa a se desenhar no Brasil.Os pré-candidatos começaram a aparecer e agora nesse inicio de pré- campanha em que os pré-candidatos deixarão seus cargos no Executivo se quiserem concorrer – as coisas vão ficando mais claras. Estamos para ver outra vez uma luta acirrada entre PT e PSDB?

A persistir os nomes que estão aparecendo é provável que seja de novo PT contra PSDB. Salvo a aparição de um nome desconhecido do grande publico que venha com alguma proposta realmente interessante.

Com o Hulk fora do páreo e Lula quase preso, a bola da vez volta para a mão do PSDB com Geraldo Alckmin. Infelizmente. Ainda que Lula seja vítima aos olhos do povo, somente uma revolução armada retiraria Lula da prisão. Caso contrário é cadeia mesmo.

Não será difícil para Alckmin provar que é melhor que Bolsonaro, e aí vai fincar a disputa. O PT em algum momento se não apresentar candidato a altura da ausência de Lula terá que fazer escolhas. E entre Bolsonaro e Alckmin terá que optar pelo menos ruim.

O PT certamente será bem votado por causa da estratégia de vítima de Lula. Isto enche os olhos do eleitor desinformado. Porém, sem candidato a altura terá que fazer escolhas.

O ex-governador baiano Jaques Wagner foi atingido pela Lava Jato. O ex-prefeito Fernando Haddad não tem nome para enfrentar as urnas. Ou seja, o PT não tem um nome firme. Apenas o Lula que será preso em breve e não poderá ser candidato.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, lançou sua candidatura pelo DEM. Mais dificilmente emplaca. Maia não tem bandeira política, nada fez pelo seu estado do Rio de Janeiro que está sofrendo com a questão da segurança há décadas e somente agora resolveu aparecer apoiando intervenção militar em ano eleitoral. O povo não é bobo. Sabe que é oportunismo político em ano eleitoral.

Alckmin como candidato de centro traz proposta perigosa de privatização geral.  O lado da direita de Bolsonaro apoia a linha dura do militarismo que nunca fez bem ao Brasil, ou seja, quem chegar contando uma história diferente dessas e com moderação nas propostas tende a encantar os olhos do eleitor.Alckmin é fraco como candidato e está num partido que já demonstrou ao país que adora mentir. Que o diga o discurso mentiroso de Aécio Neves nas eleições de 2014. Pregava contra corrupção e era tão corrupto quanto os outros.

Bolsonaro é inconsistente, demagogo e despreparado. Não tem o voto da esquerda, não tem o voto das comunidades LGBT e parte das comunidades evangélicas não se alinham a ele. Grande parte da comunidade católica também não se alinha a Bolsonaro, ou seja, está sozinho nessa disputa. Por enquanto faz barulho, mas na hora das alianças políticas estará definitivamente só.

Não podemos esquecer que a democracia nos custou um alto preço. E que o brasileiro precisa de postos de trabalho e crescimento econômico. Porem, aliado a tudo isso é preciso proteger o trabalhador brasileiro, tanto produzindo postos de trabalho quanto garantindo saúde de qualidade e educação. Armar o país não resolve, tem que investir na saúde e na educação das pessoas.

 

 

João Domingos é advogado pós graduado em Direito Ambiental, Docência do Ensino Superior, vereador em Ladainha, escritor e diretor executivo de futebol do Santo Antônio de Teófilo Otoni

Compartilhe :