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Restaurante Irmã Zoé

QUESTÃO DE PSICOLOGIA

As consequências da falta de limite nos filhos para amar não precisa mimar

 

Devido ao aumento de atribuições na rotina de trabalho dos pais e a consequente falta de tempo na participação na educação dos filhos, cada vez mais crianças e adolescentes vem tendo seus cuidados terceirizados ou na maioria das vezes negligenciados. Em muitos casos, os pais por não terem condições de darem a atenção que seus filhos necessitam, acabam assumindo uma postura muito permissiva, compensando sua ausência com recompensas, gerando filhos com dificuldades de aceitarem o “não” comprometendo assim toda a sua educação e desenvolvimento saudável. Crianças que crescem sem limites, serão adolescentes extremamente problemáticos, adultos frustrados e sem caráter, seu desenvolvimento fica prejudicado, afetando muitas vezes habilidades essenciais para convivência social, principalmente na fase da adolescência.  A criança que cresce em um ambiente sem limite geralmente tem um desempenho ruim em quase todas as áreas da vida, tendem a apresentar déficits na cognição, apego, habilidades emocionais e habilidades sociais, apresentam comportamento agressivo, descontrole emocional, problemas de conduta, baixa tolerância à frustração, impulsividade, insegurança, problemas psiquiátricos e tem um risco aumentando ao abuso de substâncias. São os pais, os principais responsáveis a ensinarem desde cedo os limites e a construção da saúde emocional das crianças, monitorando comportamentos e atitudes e, reforçando-as quando preciso. Quem ama coloca os limites necessários para o desenvolvimento emocional da criança e do adolescente, quem mima permite o impermissível, o absurdo e o desnecessário.

Dicas de como estabelecer os limites:

  • As regras devem ser sempre claras, consistentes, realistas e apropriadas à idade da criança, sem exagero e não devem ser burladas.
  • Deve haver supervisão e monitoria.
  • Seu filho não é um robô, logo, as regras vão ser quebradas, eles desafiaram a todo o momento e testaram até onde podem ir, sejam firmes.
  • Não tenham medo ou pena de dizerem “não”.
  • Não cedam as birras e chantagens emocionais.
  • Dêem ordens, eles precisam reconhecer a sua autoridade.
  • Dêem tarefas e responsabilidades, de acordo com a idade.
  • Ensinem através de exemplos.
  • É preciso coerência na decisão dos pais, não é não e sim é sim.
  • Não sejam agressivos, seja por palavras, ações, os pais devem dar exemplos de equilíbrio e autocontrole.
  • Escutem o que seus filhos têm a dizer, por meio da conversa franca os pais ficam mais conectados com seus filhos e percebem quando algo não vai bem.
  • Se uma regra passa a ser quebrada muitas vezes, verifique o que está ocorrendo, se é com a regra ou com a falta de consistência, ou ausência de supervisão.
  • Não criem regras vagas, tem que existir um objetivo para aquela regra imposta.
  • Estabeleçam metas com seus filhos caso consigam atingir um objetivo esperado,
  • Evitem premiar sempre com presentes, porque pode se tornar um problema no futuro.
  • Optem também por recompensas naturais, com elogios, um abraço sincero e o reconhecimento.
  • Seu filho pode não gostar de uma regra, mas vai entender que são os pais que as determinam em muitos momentos.
  • Quando adolescente, as regras podem ser negociadas e dialogadas em conjunto com os pais.
  • Para cada regra deve haver uma consequência, é importante que a criança assuma as consequências de seus atos.
  • Façam um quadro de regras, com listas e horários de rotina.
  • Tenham autoridade, mas não sejam autoritários– O autoritário não escuta o que o outro tem a dizer, ouçam seus filhos, mas ajam com firmeza.
  • “Porque não”, não é a melhor resposta. Digam não quando necessário e expliquem os motivos daquele não.
  • Utilizem limites que favoreçam o aprendizado dos filhos e, não o seu benefício.
  • Respeite a criança como indivíduo e a ensine como reparar os erros.
  • A criança precisa aprender a controlar sua impulsividade e a regular suas emoções, necessita de regras, normas, valores e princípios que possam nortear sua conduta.
  • Os mimos podem existir, mas precisam ser associados aos limites, ao equilíbrio proporcional às diferentes idades.
  • Educar exige dedicação e, para impor limites saudáveis os pais precisam estar presentes tanto no físico como no emocional.

 

(O material é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo)

 

 

Graziele Oliveira é psicóloga clínica e coach

Celulares; (33)99141-8174 ou (33)3521-1792

Email: grazieleoliveirapsicologa@gmail.com

 

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