Site tem milhões de visualizações de internautas. Segundo o jornalístico da Globo, a página virtual produz e tem compartilhado nas redes sociais material falso, com acusações mentirosas que atingem ministros do STF, os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, dentre outros. Após análise nos bastidores da rede de televisão, programa do repórter Caco Barcelos descobriu que a ilha de produção supostamente funciona em T. Otoni
TEÓFILO OTONI – Tomou conta das redes sociais um vídeo sobre uma reportagem do Profissão Repórter, da Rede Globo, programa produzido pelo jornalista Caco Barcelos, sobre a indústria da Fake News no Brasil. Tentando desvelar os subúrbios da low internet (área da rede virtual de computadores onde de tudo acontece, e existente em níveis onde os sensores dos órgãos de investigação, da imprensa e da atenção nacional não chegam), o repórter Estevan Muniz monitorou um dos maiores sites de notícias falsas sobre política. Um dos endereços virtuais investigados foi o Imprensa Viva, que registra milhões de acesso todo o mês. Administrado por anônimos, o site é associado a várias páginas nas redes sociais. No Facebook, por exemplo, perfis com mais de 500 mil seguidores reproduzem constantemente reportagens do Imprensa Viva. Outros perfis no Twitter seguiam a mesma linha. Sempre compartilhando falsas notícias do site para milhares de seguidores.
O repórter Estevan Muniz chegou até o endereço de uma padaria localizada na Avenida Luiz Boali, em T. Otoni, que consta como endereço físico para o Imprensa Viva. Mas, no local, estava um aviso fechado devido a realização de obras. Em conversa com moradores locais, o repórter chegou até até a casa dos supostos donos da padaria, porém ninguém atendeu ao chamado no portão. O jornalista da Rede Globo, após alguns dias de tocaia na porta do imóvel, conseguiu falar com o pai do acusado de gerenciar o site, quando este saiu para uma caminhada pelas imediações. Categórico, o homem informou que seu filho não possui nenhum vínculo com a acusação, e que estava em viagem para a Bahia. Interpelado com veemência pelo repórter, o senhor ficou agressivo, e chegou a bater o portão após abruptamente acabar com a conversa, alegando estar sendo filmado sem autorização.
Estevan Muniz ainda procurou o responsável pelo site no escritório onde o mesmo trabalha, num edifício da rua Epaminondas Otoni. Na ocasião, seu sócio de trabalho disse que ele estava na cidade, e que iria conceder entrevista ao repórter da Globo no Café Vitória, para esclarecer sobre o caso. Porém, ele não apareceu, conforme mostrou o jornalista na reportagem exibida na rede de televisão.
Acusado
O nome dito na reportagem do Profissão Repórter, Igor Horta, se defendeu das acusações por meio de postagens no final da tarde, em seu perfil no Facebook, onde ele informa trabalhar na empresa Agência Central.
Igor Horta disse trabalhar com a criação de site, e que tem clientes em todo o Brasil, não sendo responsável pelos conteúdos das atualizações. Apesar da negativa de envolvimento direto na customização do site, em resposta ao post de Igor, um internauta postou print de um compartilhamento do perfil social do Imprensa Viva, no qual uma fake news foi reproduzida por Igor.
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Segue nota de Igor Horta em seu perfil no Facebook
Pessoal, ontem circulou na mídia uma notícia me relacionando ao site Imprensa Viva.
Gostaria de deixar claro alguns pontos:
1 – Não sou responsável pelo site Imprensa Viva;
2 – Não criei o site Imprensa Viva;
3 – Não criei a marca Imprensa Viva;
4 – Não publico conteúdos do site Imprensa Viva em redes sociais;
5 – Não publico conteúdos no site Imprensa Viva;
6 – Não crio conteúdos para o site Imprensa Viva;
7 – Não hospedo o site Imprensa Viva.
Trabalho com criação de sites, marcas, redes sociais, conteúdo e anúncios para clientes em todo Brasil desde 2010.
Tudo isso com muita honestidade e transparência, por esse motivo estou no mercado até hoje.
Tenho clientes com vários perfis, e sim, incluindo sites de notícias políticas. Alguns não tenho mais contato e outros ainda tenho. Uns com domínios registrado em privacidade e outros não. E claro, tudo de acordo com a lei.
Para completar, se fosse o caso, dados de clientes, são dados sigilosos. É algo que não tenho direito de divulgar.
A emissora fez uma matéria presunçosa, especulativa e sem levar em consideração possíveis consequências para as pessoas expostas. Mesmo sem mostrar o rosto de ninguém, é sabido que todos seriam facilmente identificados na cidade.
A matéria, causou danos morais irreparáveis e situações inconvenientes.
“Fake News” não é algo que pratico. “Fake News” é o que foi feito recentemente com o meu nome. Lamentável!