Diário acompanhou o caso desde o início
Nos últimos dias, policiais civis e militares de Capelinha, Angelândia, Setubinha, além de integrantes da Diretoria de Inteligência da PMMG e do Batalhão de Operações Especiais da PMMG – BOPE, desenvolveram ações de inteligência e operações policiais no intuito de localizarem Roberto Carlos Paranhos.
Era um criminoso conhecido na região por trazer intranquilidade aos moradores da zona rural, com o cometimento de diversos crimes, e por seu perfil violento. Possuía mandados de prisão em aberto, além de condenações que somadas eram superiores a 71 anos de prisão, com pena remanescente de mais 61 anos. Atuava na prática de crimes há mais de 10 anos em municípios do Alto Vale do Jequitinhonha e Mucuri. Indivíduo violento, agressivo e perigoso. Possuía histórico de enfrentamento às forças policiais, com dois registros de homicídio tentado contra policiais nos anos de 2010 e 2011. O criminoso passou a integrar a lista dos indivíduos mais procurados do Estado.
Durante as diligências das equipes na Zona Rural das cidades próximas a Capelinha, identificou-se que Paranhos era um especialista em áreas rurais e moradores apontavam que ele era conhecido como “Lazaro de Minas”. O criminoso utilizava imóveis abandonados na zona rural para esconder-se e para vigiar propriedades rurais que eram os principais alvos de seus crimes, principalmente o crime de roubo. Uma das estratégias do criminoso era deslocar-se somente no período noturno na zona rural da região.
Desta forma, foi montado um cerco em pontos estratégicos na região no intuito de interceptar os deslocamentos do criminoso na zona rural, que já durava mais de 5 dias. Nesta data, 28 de agosto, uma guarnição policial logrou êxito em abordar Roberto Carlos Paranhos e um comparsa. Os policiais deram ordem de parada a ambos, entretanto as ordens não foram acatadas. Houve confronto, e ambos os criminosos efetuaram disparos de arma de fogo em direção aos policiais, que revidaram. Na ação, os criminosos foram alvejados, e socorridos até a cidade de Angelândia, sendo constatados os óbitos. Os criminosos portavam armas de fogo, inclusive uma arma de calibre restrito.