[vc_row][vc_column][vc_column_text]TEÓFILO OTONI – Moradores das imediações da rua Evandro Mideldowf, na altura da confluência dos bairros Jardim Floresta e Castro Pires, reclamam do amontoado de entulhos que estão se formando em um terreno ao lado da ZPE. Segundo um dos habitantes locais ouvidos pela reportagem, João Antônio, os moradores receiam pelo surgimento de animais peçonhentos, pontos de proliferação da dengue, além da poluição visual e do ar. “Tem gente que passa por aqui e joga animal morto nesse terreno. Como eles veem o local cheio de lixo, mato e entulho acham que é um lixão, e é o que está virando esse lugar”, denunciou ele. João Antônio conclamou pelo bom senso para a preservação do espaço. “Além de estar dentro da ZPE, que está completamente abandonada, servindo de lugar para qualquer um dormir, há um hospital próximo, além de casas. Tem que ter capricho com essas coisas”.
Os tele-entulhos
Em entrevista à imprensa na manhã desta terça-feira (24), na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, o secretário Tenente Bahia informou que a Prefeitura já estava ciente do ocorrido, inclusive tomando as medidas cabíveis para evitar que o problema se repita. “Na última semana tiramos vários caminhões de entulho daquele lugar. Mesmo assim o terreno voltou a ser usado para depósito indevido. A fiscalização já foi acionada e os responsáveis serão notificados, com possibilidade de multas. Sabemos que são os tele-entulhos que estão despejando suas caçambas naquele local. Porém estamos agindo para que isso não aconteça mais. Resolvido essa parte vamos limpar novamente o terreno e resolver a questão”, garantiu o secretário.
Problema antigo
Em relação à responsabilidade de cuidar do local, Bahia foi claro. “O espaço da ZPE foi vendido no último governo. O responsável pelo espaço interno não é mais o Município”.
Segundo o empresário Marcelo Ramos, autor de uma ação civil pública contra a compra do espaço da ZPE pela gestão municipal anterior (no ano de 2013), o local pertence à Casa de Santo Antônio de Belo Horizonte, vinculada à Igreja Católica. “Após adquirida pelo Município, a área foi entregue para a Casa de Santo Antônio, como parte da dívida de R$ 11 milhões da Prefeitura com os padres, pelo uso e não pagamento dos aluguéis da Escola Municipal Irmã Maria Amália durante muitos anos”.
Já para Arlindo Matias, ex-secretário executivo da Zpex (empresa que administraria a zona de processamento) não é de interesse da igreja fazer a manutenção do lugar. “Lá só vale para fins de especulação imobiliária. Nada mais”.
Como não há representação da Casa de Santo Antônio em Teófilo Otoni, não existe quem se responsabilize ou fale pelo local, hoje tomado pelo mato, depredação e lixo. Há, inclusive, pessoas usando as construções como moradia.
Em relação ao zelo pelo não depósito de lixo no local, caberá à fiscalização da Secretaria de Obras, assim como é em todo espaço urbano municipal.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_gallery type=”nivo” interval=”5″ images=”26472,26479,26480,26481″ img_size=”full”][/vc_column][/vc_row]