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Teófilo Otoni sediou Feira Regional de Economia Popular Solidária

Feira02Somente a moeda social foi usada na comercialização dos produtos durante os dois dias de feira

TEÓFILO OTONI – A Feira Regional da Economia Popular Solidária do Vale do Mucuri aconteceu neste sábado e domingo, de 9h30 às 23h30, na  Praça Tiradentes, Centro. A abertura oficial foi realizada no sábado pela manhã e contou com a presença de autoridades locais, como o prefeito Getúlio Neiva e o vice Dr. Ilter Volmer, parlamentares, representantes do Governo do Estado, SEDESE, e público em geral.

A novidade da feira foi o uso exclusivo da moeda social eletrônica, o e-dinheiro, nas vendas. O Banclisa, banco comunitário organizado com apoio da  Associação Produzir Juntos (APJ) funciona desde 2012 em Teófilo Otoni, com a circulação da moeda social Lisa, aceita em cerca de 80 estabelecimentos comerciais da cidade. Parte das vendas da feira, 1%, será destinada à formação de fundos rotativos para incrementar as três linhas de financiamento operadas pelo Banclisa.

“O movimento de economia solidária é muito organizado e articulado e, há muito tempo, reivindica do Governo do Estado mais apoio para os empreendimentos para que possam potencializar suas vendas. Agora o Estado está apoiando essas feiras, apoiará as feiras permanentes com entrega de barracas e ainda prestará assessoramento aos empreendimentos. Isso faz parte da política que o governo está implantando de apoio a essa modalidade de geração de renda”, informa o subsecretário de Trabalho e Emprego, Antônio Lambertucci.

“Estamos muito felizes com o apoio do governo estadual. A participação do governo fortalece a economia solidária que também encontra sustentação nos parceiros regionais”, explica a integrante do Fórum Regional de Economia Popular Solidária do Vale do Mucuri, Maria Soares.

A feira contou com 30 barracas para comercialização dos produtos da EPS, uma tenda para alimentação e um espaço institucional da Sedese. A estrutura das feiras contou ainda com palco, sonorização de ambiente, iluminação, segurança particular, banheiros químicos e limpeza diária.

Estiveram presentes 90 empreendimentos de 20 municípios: Águas Formosas, Ataleia, Campanário, Caraí, Carlos Chagas, Catuji, Franciscópolis, Frei Gaspar, Fronteira dos Vales, Itaipé, Itambacuri, Ladainha, Machacalis, Malacacheta, Novo Oriente de Minas, Ouro Verde de Minas, Pavão, Poté, Setubinha e Teófilo Otoni.

Nas barracas estarão expostos produtos artesanais, inclusive com material reciclado e da agricultura familiar. O artesanato indígena das etnias maxacali e pankararu, respectivamente dos municípios de Ladainha e Araçuaí também estarão presentes. E para o paladar, as delícias das quitandas: biscoitos, roscas, doces, farinha e temperos.

A Feira da Economia Popular Solidária de Teófilo Otoni teve o apoio da APJ, Incubadora de Cooperativas Populares do Vale do Mucuri da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Prefeitura e Câmara Municipal, Circuito Turístico das Pedras e associação dos artesãos locais.

Já foram realizadas feiras em Governador Valadares (Território do Rio Doce), Poços de Caldas (Sul de Minas), Uberlândia (Triângulo) e Juiz de Fora (Zona da Mata). E neste final de semana, além da Feira do Vale do Jequitinhonha, em Diamantina, serão realizadas as feira da EPS do Norte de Minas, em Montes Claros e do Vale do Jequitinhonha, em Diamantina.

 

Feira Regional

Ao todo, são 10 feiras regionais e uma estadual (veja quadro). Elas são organizadas pela Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese), em parceria com o Fórum Mineiro da Economia Popular Solidária, Conselho Estadual da Economia Popular Solidária e Prefeituras Municipais.

O Governo de Minas Gerais, por meio da Sedese, está investindo R$ 307.229 mil, na organização, estruturação e montagem das feiras. A iniciativa está prevista no Plano Estadual da EPS e no Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) e integra o Programa de Consolidação da Política da Economia Solidária da Sedese.

“A Economia Popular Solidária é uma forma de produção e consumo que prima pelo trabalho coletivo, pela autogestão, pela justiça social e pelo cuidado com o meio ambiente.  Ela é uma construção de práticas econômicas e sociais baseadas na colaboração solidária e na visão do ser humano como sujeito cuja emancipação é o objetivo da atividade econômica. Ou seja, é uma outra forma de fazer economia, mais cooperativa e humana, onde o objetivo não é acumulação, mas sim o desenvolvimento emancipatório das pessoas”, explicou Maíra Moreira.

 

(Fotos crédito: Paraíba)

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