Ação foi desenvolvida pela Emater em parceria com a Prefeitura de Franciscópolis
FRANCISCÓPOLIS – Uma parceria bem-sucedida entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) e a Prefeitura de Franciscópolis, no Vale do Mucuri, está melhorando a renda dos agricultores familiares. No ano passado, funcionários públicos municipais começaram a receber, mensalmente, o tíquete-feira. Com valor de R$ 40, o tíquete é usado para a compra de hortigranjeiros, queijos e quitandas na feira livre do município.
“Percebemos que os agricultores familiares estavam desanimados com a baixa venda dos produtos na feira. Então levamos a proposta do tíquete-feira para a prefeitura. A ideia também foi analisada pela Câmara Municipal e, felizmente, aprovada”, comemora o técnico de Bem-Estar Social da Emater, Vanderlei Ramalho dos Santos.
O tíquete é dado para cerca de 150 funcionários da prefeitura municipal, com salário de até R$ 1.500,00 por mês. Ele é dividido em valores que variam de R$ 0,50 a R$ 2,00 para facilitar a compra. Segundo o técnico da Emater, já está sendo estudada a possibilidade de aumentar o número de funcionários beneficiados.
“Com a implantação do tíquete-feira, houve um grande aumento nas vendas. Também damos assistência técnica aos agricultores no campo, que tiveram de produzir mais, por causa da demanda. A produção é variada. Tem alface, repolho, tomate, abóbora, batata, queijo, quitanda e até galinha”, comenta Vanderlei dos Santos.
Apenas produtores cadastrados pela prefeitura e pela Emater são beneficiados pelo programa. A feira é realizada às quartas-feiras e sábados, no centro da cidade. A comercialização é feita por 15 famílias de agricultores, sem intermediários. Ao final de cada mês, eles se dirigem à Secretária Municipal de Agricultura para entregar os tíquetes que receberam dos funcionários públicos. O dinheiro é depositado na conta de cada agricultor.
A agricultora familiar Ângela Cristina Rodrigues participa da feira há sete anos. Ela conta que nunca houve uma fase tão boa como a atual. “Eu pedia a Deus para ter uma boa feira. Mas não esperava que fosse tão boa assim com esses tíquetes. O movimento aumentou muito”.
Ela produz e vende alface, abóbora, quiabo, ovo e outros produtos. Nos meses em que o clima ajuda e a produção é maior no campo, ela chega a faturar R$ 1.000 por mês somente com os tíquetes, sem contar as vendas em dinheiro. “Antes a gente tinha que andar pela rua para tentar vender a produção que sobrava na feira. Agora, não. Quando dá 10 h, já vendi tudo”, comemora.