campanha
Restaurante Irmã Zoé

Trio em carro com placas de Teófilo Otoni são presos acusados de fraudar vestibular de Medina

Grupo foi preso no último domingo, em Goiás. Na caminhonete em que eles estavam foram apreendidos aparelhos comunicadores

DA REDAÇÃO – Dois homens e uma mulher foram detidos na tarde de domingo (29) pela Polícia Militar Rodoviária, suspeitos de tentarem fraudar o vestibular para o curso de medicina realizado no mesmo dia pela Funepe (Fundação Educacional de Penápolis). Na caminhonete em que eles estavam foram apreendidos aparelhos comunicadores.

Aparelhos comunicadores foram apreendidos dentro do veículo dos acusados, numa cidade do estado de Goiás

O flagrante foi feito por volta das 15h30, na rodovia Dr. Mário Gentil (SP-333), em Pongaí, na região de Lins, por policiais militares rodoviários que faziam fiscalização de combate ao tráfico de drogas e outros crimes.

O grupo estava em uma caminhonete Toyota SW-4 com placas de Teófilo Otoni (MG), conduzida por um empresário de 28 anos. Ele trazia como passageiros um comerciante de 40 anos e uma vendedora de 25, namorada dele, todos residentes naquela cidade mineira.

Segundo a polícia, o grupo alegou que retornava de Penápolis, onde o condutor do veículo faria o vestibular do curso de medicina. Entretanto, ele alegou que apesar de chegado à cidade um dia antes da prova, não conseguiu fazê-la.

Os policiais suspeitaram da versão e decidiram vistoriar o interior da caminhonete. Durante as buscas, eles encontraram uma pasta contendo um rádio transmissor ligado a três baterias e ainda, um detector de metais, um rádio portátil, uma antena transmissora, várias baterias e transmissores de frequências e grande quantidade de micro pontos utilizados como escutas.

Pressionado, o condutor da caminhonete acabou confessando que esteve em Penápolis com a namorada dele e o amigo para vender as respostas do vestibular a candidatos, cobrando R$ 5 mil.

Para cometer a fraude, ele se infiltraria entre os candidatos e passaria as respostas por meio dos transmissores e micro pontos. As respostas das questões da prova seriam repassadas por parte do grupo de dentro da central de transmissão instalada dentro da caminhonete.

Os suspeitos foram levados para a Delegacia da Polícia Federal de Bauru, que determinou que o caso fosse apresentado na Central de Polícia Judiciária da Polícia Civil de Lins.

Na delegacia, o empresário alegou que desistiu de aplicar o golpe e os outros dois investigados disseram que não tinham conhecimento dos transmissores. Com o grupo foram apreendidos cinco aparelhos de celular e R$ 429,00 em dinheiro que estavam com a vendedora, por ela não saber informar a origem do valor.

 

Mantido

 

A direção da Funepe emitiu nota afirmando que o vestibular será mantido, pois o que houve foi uma tentativa de fraude que não foi consumada.

De acordo com a instituição, apenas um dos investigados se inscreveu no processo seletivo, mas não chegou a entrar na sala de prova, como constatado pela lista de presença, onde aparece como ausente.

“No próprio depoimento prestado, lavrado no boletim de ocorrência, o investigado confessou que, de fato, tentaria fraudar o vestibular de medicina, porém, desistiu antes de concretizar o ato”, informa.

A fundação afirma ainda que todas as medidas de segurança foram tomadas pela equipe da instituição durante a aplicação da prova e, não havendo nenhum motivo concreto que justifique cancelamento do certame, a instituição prosseguirá normalmente com as próximas etapas, que consistem na correção das provas, divulgação dos resultados e matrículas.

Este foi o primeiro vestibular para o curso de medicina da Funepe, que não divulgou quantos candidatos se inscreveram. (Fonte e foto: Folhadaregião.com.br)

 

Compartilhe :