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Restaurante Irmã Zoé

Uma boa educação começa pelo bom exemplo

Como os pais podem contribuir no processo de inclusão social

Em tempos de inclusão, temos visto um avanço no que diz respeito às políticas de pessoas com deficiência, porém, ainda é preciso fazer muito mais para incluir esses indivíduos que fogem dos padrões de “normalidade” estabelecidos por um grupo que são maioria. Muitas reflexões e modificações precisam acontecer tanto no âmbito escolar, familiar e comunitário. É triste pensar que muitas pessoas ainda são excluídas do meio social por conta de características físicas (como a cor da pele, por deficiências físicas, como cadeirantes, deficientes visuais, auditivos e mentais, os que não possuem condições financeiras dentro dos padrões impostos pela sociedade, além dos idosos, diferenças de idade, de gênero, orientação sexual, etc. Este movimento de inclusão, de fato é uma tarefa árdua e difícil, mas acima de tudo possível e necessária. E para que este movimento ganhe ainda mais força,é de fundamental importância que todos estejam envolvidos e reconheçam a importância do seu papel para ajudarem essas pessoas a enfrentarem o mundo e a aprenderem a fazer parte dele. É preciso refletirmos que a inclusão não se reduz apenas à escola, mas atravessa todos os níveis de interação social, seja em casa, parques, shoppings, restaurantes, dentre os mais variados locais públicos.  O respeito ao próximo é um aprendizado que é desenvolvido dentro de casa, educar para a diversidade é uma tarefa que os pais devem começar desde cedo, é dever dos mesmos em parceria com a escola, ensinarem aos seus filhos a importância da inclusão social. Todos somos diferentes e não apenas alguns, o dever do respeito  aplica-se a todos os seres humanos, sem exceção. Ter bons exemplos facilita a vida da criança, e para que ocorra um processo colaborativo entre profissionais da escola ,  familiares, e os demais,  é preciso que  existam um conjunto de atitudes.

 

E SE FOSSE COM SEU FILHO?

 

  • Quando os seus filhos começarem a questionarem porque uma pessoa fala diferente, anda diferente ou tem uma cor diferente da dele, expliquem que cada pessoa é única, mas que por dentro somos todos iguais. Ensinem também que as crianças com deficiências são mais parecidas com eles do que diferentes, gostam de brincar, comerem coisas gostosas, gostam de ouvir música, verem TV, de se divertirem, de fazerem amigos, e de estudarem.
    ●Ensinem os seus filhos a não sentirem pena de outras crianças ou pessoas portadoras de algum tipo de deficiência e sim respeitarem.
    ●Mostrem para eles que há várias maneiras de se expressarem e que algumas pessoas podem se comunicar de formas diferentes das deles, mas que mesmo assim, são capazes de entenderem.
  • Estimulemos pequenos a fazerem amizades com os mesmos. Isso é importante não só para a inclusão da criança com deficiência, mas também para o próprio desenvolvimento dele.
    ●Algumas crianças com necessidades especiais têm medo ou vergonha de se aproximarem dos outros. Incentive o seu filho a dizer “oi” e incluí-los nas brincadeiras.
    ● Digam aos seus filhos que crianças com autismo,ou com outras necessidades especiais se comportam de tal maneira porque apresentam dificuldades para falarem e esta é a forma que se expressam quando estão felizes, frustradas ou, algumas vezes, até mesmo por alguma coisa que estão sentindo em seus corpos.
    ●Se seus filhos apontarem para uma criança com deficiência, vocês devem dizer a eles que isso é indelicado. Mas quando verem seus filhos olhando para a criança, digam a eles que a melhor coisa a fazer é sorrirem pra eles ou dizerem “oi”. Se quiserem ir mais afundo no assunto, digam a eles que crianças com necessidades especiais nem sempre respondem da forma como a gente espera, mas, ainda assim, é importante tratá-las como tratamos as outras pessoas.
    ●Ensinem respeito às crianças com seus próprios atos, as crianças aprendem mais com suas ações do que com suas palavras. Não tenham medo ou fiquem nervosos ao se aproximarem de uma criança com necessidades especiais, seu filho estará observando também suas atitudes;
  • Quando vocês pais demonstram preconceito, dificilmente seu filho vai aprender a respeitar o colega;
  • Ensinem seus filhos a exercerem a solidariedade, peça que separem brinquedos pelos quais não se interessam mais, seja porque já enjoaram, seja porque já estão mais velhos e os aconselhem a doarem. Mais do que simplesmente dar alguns objetos ou deixar que você os separe, o importante é que o seu filho participe desse processo, entendendo que aqueles jogos, bonecas ou carrinhos vão fazer outras crianças felizes;
  • Façam um trabalho voluntário com seus filhos;
  • Incentivem a fazerem algo bom para alguém, pode ser algo super simples .
  • Ensinem seus filhos a verem as coisas do ponto de vista das outras pessoas. Mostre-os um problema e os incentivem a se colocarem no lugar dessa pessoa. Por exemplo, se uma menina estiver brincando sozinha no recreio, peça ao seu filho para imaginar como ele se sentiria no lugar dela. Será que ele gostaria que alguém o chamasse pra brincar?
  • Um dos maiores receios dois pais que tem crianças com dificuldades, ou que sofrem algum nível de preconceito é a de que seus filhos possam vir a sofrer bullying e intimidação. Ensinar as crianças desde cedo a conviverem com outras que reconheçam como diferentes passa pela necessidade de fazê-las pensar que todos são, em alguma medida, diferentes uns dos outros. E não basta falar que todos são diferentes, é preciso viver a diferença.
  • Em outros casos, existem pais que lutam para que seus filhos sejam aceitos dignamente em algumas escolas. Isto ocorre porque muitas famílias veem de forma negativa a inclusão escolar e não aceitam que seus filhos sem necessidades estudem com uma criança com que apresenta necessidades especiais. Se as atitudes dos pais forem positivas com relação à educação inclusiva, melhor e mais rápido será o processo da inclusão. Certamente, no futuro, estas crianças serão pessoas que não sentirão necessidades de seguir “padrões”.
  • Assumir que um filho precisa de ajuda, é mais que responsabilidade dos pais e acima de tudo é um ato de amor. Uma atitude, que, pode fazer toda a diferença no futuro do desenvolvimento do filho. A partir do momento em que uma família realmente aceita o filho, todo o trabalho que é desenvolvido com ele é mais eficaz e os resultados muito mais positivos.

“Se cada pessoa tomar por regra que, onde quer que esteja, sempre que puder, será um pouquinho mais gentil que o necessário, o mundo realmente será um lugar melhor.”

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  1. J. Palacio – Extraordinário

GRAZIELE OLIVEIRA

PSICÓLOGA CLÍNICA E COACH

(33) 99141-8174 OU (33) 3521-1792

E-mail: grazieleoliveirapsicologa@gmail.com

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