ANDRÉ NASCIMENTO
O ano de 2015, sem dúvida, marca uma mudança em grandes questões da humanidade. As mudanças vêm acontecendo já há algum tempo e nós, muitas vezes, parecemos não as notar e a peculiaridade deste ano é de se fazer refletir. Mas ainda assim, como dizia Milton Nascimento, parece que não perdemos a estranha mania de ter fé na vida. E, novamente, é tempo de comemorar.
O que todos esperam de um fim de ano são comemorações e confraternizações em família, nas empresas, entre amores, entre amigos. Adolescentes ansiosamente reencontrar primos para, trocar presentes, trocar abraços, trocar experiências, inclusive sexuais, trocar alegrias que só se tem de verdade em grandes e verdadeiros reencontros entre pessoas que se amam verdadeiramente.
Um grande amigo oculto é organizado e os presentes variam entre Iphones6 e caixas de lápis de cor. Eu nunca ganhei um Iphone6, diga-se de passagem. Nem uma caixa de lápis de cor. Geralmente eu ganho meias, ou gravatas, as quais eu só uso no final do ano seguinte em alguma formatura a que sou convidado. Ou que, às vezes, nem sou convidado.
É a magia do natal. O fim do ano parece, de alguma forma, perdoar todas as mazelas de um ano, em especial, que foi triste, sangrento, lamacento e sujo. Massacres, desastres ambientais, corrupção. Toda uma triste história de um ano sempre parece ser atenuada pela magia das comemorações de fim de ano.
Nunca foi tão difícil desejar um Feliz Natal e Próspero Ano Novo. Este ano finda e, imensamente, espero que nossas esperanças de um mundo melhor, de um futuro melhor, mais amável e mais digno para todos se multipliquem.
Que a magia do fim de ano se estenda pelo ano que vem por aí e alimente os corações de paz, amor, solidariedade, bom humor e que preconceito, caretice, discriminação, indiferença se afastem de nossos corações para que possamos enxergar nossos semelhantes nos colocando no lugar dele, mas que mesmo assim não percamos nossa fé nem nossas forças para lutarmos por um mundo melhor para cada um de nós.