O governador Romeu Zema lançou, nesta terça-feira (9/5), em Nova Iorque, nos Estados Unidos, a iniciativa Vale do Lítio (Lithium Valley Brazil). O projeto econômico-social tem como objetivo desenvolver cidades do Nordeste e Norte do estado em torno da cadeia produtiva do lítio, gerando mais empregos e renda para a população das duas regiões. O lançamento foi feito na Nasdaq, maior bolsa de valores do mundo em negócios de tecnologia e inovação.
O Vale do Lítio é formado por 14 cidades: Araçuaí, Capelinha, Coronel Murta, Itaobim, Itinga, Malacacheta, Medina, Minas Novas, Pedra Azul, Virgem da Lapa, Teófilo Otoni e Turmalina, no Nordeste de Minas, e Rubelita e Salinas, no Norte mineiro.
Esses municípios abrigam a maior reserva nacional de lítio. O mineral é utilizado em diversas aplicações, sendo a mais comum a fabricação de baterias de longa duração, que equipam veículos elétricos e aparelhos eletroeletrônicos. Por isso, será um item bastante demandado nos próximos anos pela indústria, de forma geral.
De acordo com o governador, o lançamento do projeto na Nasdaq significa que Minas Gerais está mostrando para o mundo o grande potencial que tem na produção do metal estratégico, que terá, segundo Zema, papel fundamental na transição energética.
“Queremos que o Vale do Jequitinhonha se transforme no vale da tecnologia para a produção de baterias e demais produtos de valor agregado”, explicou.
O governador lembrou, ainda, que o lítio faz parte da geração de energia limpa, uma vez que o mineral proporciona boa parte do armazenamento da energia nas baterias.
Atualmente, a Companhia Brasileira de Lítio (CBL) está em operação no Vale do Jequitinhonha. Enquanto isso, a Sigma obteve licença operacional em março e escoará a primeira leva da produção em maio.
O projeto poderá ser a redenção econômica da região dos Vales.