campanha
Restaurante Irmã Zoé

Vivências

Elisa 1“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.”

Como bem o disse o poeta, a nossa vida está marcada pelas coisas que deixamos de fazer por não sabermos “cuidar” dos nossos sentimentos como deveríamos. Nós não nos amamos com a intensidade que nos proporcionaria uma felicidade que tenha um alcance inimaginável, capaz de nos fazer seres completos no sentido estrito da palavra. Nós não nos arriscamos, não nos jogamos de cabeça em busca daquilo que realmente queremos para nossa vida. Vivemos uma vida medíocre, numa mesmice sem fim, com medo do que poderá advir se realmente fossemos em busca do que sonhamos e queremos para as nossas vidas.

Não queremos sofrer, como se o sofrimento fosse uma moléstia incurável e permanente. Esquecemo-nos de que a alegria e a tristeza são o verso e o anverso de uma mesma moeda que mensura a vida que escolhemos. Cabe a nós direcionar os valores que irão dirimir as nossas ações, em busca do que for melhor para nos dignificar como seres humanos preocupados com tudo e todos que nos circundam.

Não podemos nos esquecer da efemeridade da vida. Ficamos tão preocupados conosco mesmos que nos esquecemos de olhar em volta e perceber o outro, esse sim, uma possibilidade de interação e integração. Quantas vezes perdemos a oportunidade de sermos felizes por não sabermos intuir que ela está do nosso lado. A invisibilidade da mesma é fruto da nossa displicência de dispor do tempo e da vontade para analisar de forma coesa, quem e o que está a nossa volta. Temos que estar atentos: as mudanças e os cuidados estão a toda hora em rotatividade como numa roda viva, girando ininterruptamente.

Para a vida ter um significado verdadeiro, tenho que estar bem comigo mesmo, ter conhecimento das minhas possibilidades para depois me voltar para o outro. Tenho que  me sentir habitado por alguém que até então desconhecia, mas que ao longo do processo reconheço como um desdobramento do meu eu. Sem dúvida, um processo maiêutico (salve Sócrates!). Só assim, depois do encontro e da volta, sou imerso num processo de busca que nunca me priva de saborear novidades e ser, enfim, feliz.

Compartilhe :